A viagem que fiz ao Pará em 2019 foi uma das experiências mais espetaculares que já tive no Brasil. Eu sabia que seriam dias de muitas descobertas, mas não estava preparado para ser tão surpreendido quanto fui.
Neste artigo, compartilho com você as melhores imagens e impressões que coletei em solo paraense (ou, talvez, em águas paraenses). No final, na seção de comentários, me diga qual foi sua foto preferida!
Quem tem rios não precisa de rodovias
Uma realidade que só compreendi totalmente quando estive lá é que, no Pará, os rios são as ruas e estradas por onde bens e pessoas são transportados. Eles conectam cidades, vilarejos, casas isoladas, escolas, comércios e outros estabelecimentos.


O Pará é o segundo maior estado do Brasil em área, com 1,25 milhão de km² — o equivalente a duas vezes a área da França e seus territórios somados. Apesar disso, a cobertura de estradas e rodovias é limitada para conectar as cidades e localidades habitadas.


A baixa cobertura rodoviária é compensada por uma imensa rede de rios e canais navegáveis que cobrem o estado como artérias d’água. Por isso, não é coincidência que cidades, comunidades e regiões habitadas estejam posicionadas justamente às margens desses rios.
Ao navegar pelas “estradas” fluviais do Pará, o viajante avista pelo caminho dezenas de embarcações de todos os tamanhos — da mesma forma que em rodovias terrestres, é comum avistar veículos leves ou pesados no trajeto.


A vida de quem mora na beira dos rios
No caminho fluvial entre as cidades e vilarejos do Pará (que muitas vezes representam distâncias consideráveis), é curioso perceber que muita gente vive ao longo das margens dos rios — mesmo em regiões bastante isoladas.
Esses ribeirinhos moram em casas adaptadas, construídas em palafitas elevadas acima do nível dos rios. E quase sempre, essas construções são equipadas com plataformas para atracagem de barcos e canoas — veículos de transporte das famílias que vivem nelas.


Outra característica comum que percebi nessas moradas são as plantações de açaizeiros, essas palmeiras que aparecem ao fundo nas fotos. O açaí é altamente calórico e compõe a base da alimentação dos ribeirinhos, assim como os pescados.


Pra finalizar, fotos de bichinhos silvestres
Se até agora, a maioria das fotos deste artigo mostram os mais variados tipos de embarcações, é porque são elas as grandes responsáveis por conectar as diversas atividades humanas por todo o Pará.
Mas além das pessoas, há também uma riquíssima vida selvagem que prospera nos rios e em suas margens — e eu tive a felicidade de clicar alguns animais fascinantes durante essa viagem.
A maioria dos bichos que consegui fotografar foram aves e primatas. Vamos começar pelo primeiro grupo.



Tive a oportunidade de fotografar muitas outras aves além das que aparecem nas imagens acima: biguás, garças-brancas e garças-mouras, guarás, trinta-réis, e até mesmo um udu-de-cabeça-grande.
São tantas fotos, que daria pra fazer um artigo apenas sobre elas. Quem sabe, no futuro eu resolvo publicar as imagens que restam aqui no Painel Amarelo.



Os primatas que fotografei pelo caminho eram todos muito mansos e simpáticos. Adoro tirar fotos desses macaquinhos, porque sinto que conseguimos nos identificar com eles facilmente — já que se tratam de nossos parentes evolutivos.
E assim, encerro este artigo com algumas das fotos que considero mais legais dessa viagem inesquecível que fiz em 2019. Fui ao Pará com alguns familiares e amigos, e nossa rota passou por: Belém, a capital paraense; Soure, no Marajó; uma viagem fluvial de 3 dias entre Belém e Santarém; Alter do Chão, o caribe amazônico; e a Flona de Jamaraquá, às margens do Rio Tapajós.

Foram literalmente centenas de fotografias capturadas ao longo de 15 dias, e aqui estão apenas um punhado delas.
Não tenho a pretensão de reivindicar que este artigo representa toda a riqueza e diversidade da vida humana e selvagem ligada aos rios paraenses, pois isso seria um enorme absurdo. Mas espero, de verdade, que você tenha gostado da amostragem.
Reforço mais uma vez: se você quiser, pode usar a seção de comentários, abaixo, para me contar qual foi a foto que mais gostou. E se você também já esteve no Pará, aproveite para compartilhar um relato da sua experiência. Vou ler com muita alegria!


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